3.7.09

um contra-senso literário

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Milhares de livros editados pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda (IN-CM) poderão vir a ser destruídos caso os autores ou seus herdeiros não os adquiram, reclamem ou permitam a doação.
Mas encontrar uma solução a custo zero parece estar fora de questão porque "se as bibliotecas se habituam a receber os livros oferecidos acabam por não os comprar e os livros são feitos para ser vendidos", defende Alcides Gama, director comercial da IN-CM.
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A cultura não tem preço, mas no que toca a livros, os portugueses têm gostos muito peculiares, gostos que não passam pelos livros editados pela IN-CM. Uma ínfima parte poderá estar eventualmente interessada em adquirir o "Essencial sobre...", Antologias, Compêndios, Actas ou Cartas, Inéditos, Obras Completas e demais Estudos. Mas infelizmente o que vende no nosso país é o livro designado por literatura light...
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Estes livros seriam uma mais-valia se doados a bibliotecas, pelo menos muitos teriam noção da sua existência e poderiam querer adquirir um ou outro exemplar para colocar na sua biblioteca pessoal.
Considero um atentado fazer desaparecer desta forma centenas de livros editados a pensar apenas num retorno monetário. E, quando este não existe, inflige-se um fim trágico.
Vamos talvez ver com mais frequência exemplares em Feiras do Livro Barato, Manuseado, em fim de edição a preço de saldo.
Para quem estiver interessado, encontra-se a decorrer uma feira do género até dia 5 de Julho no Mercado da Ribeira (Junto ao Cais do Sodré), no 1.º piso, em Lisboa, todos os dias, das 10.00h às 20.00.

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