27.2.09

Assumo: Sou uma Viciada!

>>
Olá, o meu nome é Marginália e sou uma viciada!
O primeiro passo está dado, consegui admitir perante todos a minha triste condição.
Viciada?
Não pode ser!
Oh claro...em cafeína...nunca fizeste segredo! Fazes questão de dizer a toda a gente que a máquina só começa a funcionar depois de uma bica bem quente! Antes disso, não há humor ou perguntas difíceis...
>> Nop, não é cafeína!
Calmantes?
>> Hummmmm...às vezes bem que a tentação é grande! Não é fácil lidar com certas pessoas, com o seu feitio e as situações que provocam. Conseguir mantermo-nos à tona, de certa forma procurando alhearmo-nos de tudo o que nos incomoda, é um duelo de gigantes!
Quem me conhece diria que sou perita nisso, mas juro que às vezes peço a Deus paciência porque se Ele me dá força...não respondo por mim!
Então, se não é cafeína, se não são calmantes...
Tabaco? Nahhhhh...nunca gostaste daquele sabor amargo que o cigarro deixa na boca!
... [????]...
Desisto!
>> “Anatomia de Grey” diz-te alguma coisa?
Isso é uma droga?
>> Para mim é! Não consigo parar de consumir!!!
E por isso, peço encarecidamente a todos aqueles que se esqueceram do meu aniversário (o momento para pedirem o meu perdão pela gafe é este!), do meu presentinho do Dia dos Namorados (esta era uma boa altura para a minha alma gémea aparecer de uma vez!);
a todos os que estão a pensar dar-me uma prenda na Páscoa (ops, na Páscoa não há troca de prendas, mas podia haver, a ver se pega!), no Dia da Criança (tenho alma de uma criança piquena, conta não conta?!), no Halloween (não é tradição nossa, mas só para eu receber uma prenda passa a ser!) ou no Natal (aqui sim, tudo a que tenho direito!):
alimentem o meu vício!
Prometo que não peço mais nada e que deixo de ser a carraçola de serviço! Vá lá! Sim...?!
Quero estes:













Estes dois já vi, mas quero tê-los lá em casa para poder (re)ver outra vez, mas estes:






Recortes sem Legenda [2]

Pedro K.: http://bicocalado.blogspot.com/

26.2.09

Recorte de Jornal [1]

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Num recorte de jornal não muito distante líamos que a McDonald’s Portugal registou vendas no valor de milhões de euros, contrariando a tendência das demais empresas que apenas registaram quebras de crescimento e de lucros.
Com a crise instalada, os portugueses estão a optar pelas comidas mais rápidas e baratas em detrimento da restauração convencional.
Quem também não sai a perder é a Ibersol que detém várias marcas ao nível da fast food (Burger King, Pizza Hut, Pans & Company e KFC entre outras) registando subidas significativas na venda dos seus hambúrgueres e pizzas.
Considerados a nível europeu como aqueles que mais gastam em restaurantes e cafés, os portugueses tiveram de alterar hábitos de consumo para continuarem a comer fora.
A crise levou-lhes os euros do bolso, o que veio comprometer ainda mais os hábitos alimentares já por si pouco saudáveis e muitos passaram a substituir as principais refeições por fast food.
Recorte de um Jornal de hoje:






(Meia Hora)
Comemos hambúrgueres porque não temos €€ para comprar mais nada e bebemos Sagres para esquecer?

Citando [3]

“A paciência é a mais heróica das virtudes, justamente por não ter nenhuma aparência heróica“
Leopardi, Giacomo

25.2.09

Quando penso no Carnaval...


>>
...a única coisa em que consigo pensar é: Máscaras!


Há os que as usam e abusam, vivendo uma existência de mentiras esquecendo o molde original. Convencem-se de que não conseguem viver de outra forma e quando a realidade não lhes permite tirar a máscara, convertem-se para sempre a uma existência de encaixe. Colocam e tiram as várias máscaras de acordo com a circunstância, sem dó nem piedade.
Partilho dos versos de ÁLVARO DE CAMPOS em a “TABACARIA”:
(...)
Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
(...)
Fiz de mim o que não soube
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.

.
Essência musical dos meus versos inúteis,
Quem me dera encontrar-me como coisa que eu fizesse,
E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte,
Calcando aos pés a consciência de estar existindo,
Como um tapete em que um bêbado tropeça
Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada.
(...)

And the Oscar goes toooooooooooo [2]

>>

>>
Polémicas à parte, ficou mais uma vez provada a regra de que muita nomeação não é necessariamente igual a muitas estatuetas.
"O Estranho Caso de Benjamin Button" era um forte candidato aos Óscares deste ano, com 13 nomeações e no entanto só arrecadou 3 e nas categorias para as quais não havia a mínima dúvida (Efeitos Visuais, Direcção Artística e Caracterização). Muitos, com certeza, anteciparam este desfecho. Estatuetas à parte, a história do filme vai ficar para sempre entre aquelas que mais me marcaram.
“Slumdog Millionaire”, que estava posicionado logo a seguir, arrecadou 8 das 10 estatuetas para as quais estava nomeado [Filme, Realizador - Danny Boyle, Argumento Adaptado - Simon Beaufoy, Banda Sonora - A.R. Rahman, Melhor Canção - "Jai Ho", de A.R. Rahman, Fotografia, Montagem e Mistura de Som]. O grande vencedor da noite!
“Milk” com 8 nomeações, arrecadou o Óscar de Melhor Actor - Sean Penn (ainda não foi desta que Brad Pitt sobe ao palco) e o de Melhor Argumento Original - Dustin Lance Black.
“The Dark Knight” que contava também com 8 nomeações conseguiu igualmente 2 estatuetas, a de Melhor Actor Secundário - Heath Ledger (com homenagem póstuma ao actor) e a de Melhor Montagem Sonora.
Nas principais categorias, o grande esquecido foi mesmo o “Revolutionary Road”. Apesar de sublime, foi com “O Leitor” que Kate Winslet levou para casa o Óscar de Melhor Actriz.
Los nuestros hermanos rejubilaram com Penélope Cruz e a sua brilhante interpretação em "Vicky Cristina Barcelona" que lhe valeu o Óscar de Melhor Actriz Secundária.
“Wall-E” arrecadou o Óscar de Melhor Filme de Animação. Não percebo como, eu gostava que tivesse ganho “O Panda Kung Fu” – era merecido!

20.2.09

[Cinema] Revolutionary Road

>>


O filme retrata a história de um jovem casal anos 50 em início de vida que se muda para os subúrbios, mais especificamente para Revolutionary Road.
A história coloca em cena April Wheeler (Kate Winslet) na figura da mulher fada do lar e Frank Wheeler (Leonardo DiCaprio) no papel do homem que sustenta a família com o seu trabalho, um trabalho que o faz sair de casa dia após dia e que não lhe traz outra realização a não ser a satisfação de dever cumprido. Uma peça entre as muitas que compõem o puzzle da imagem – a família perfeita e de sucesso.
Juntos enfrentam os problemas do dia-a-dia relacionados com o casamento, a tarefa difícil de educar os filhos, as expectativas de uma vida alinhavada anos antes e que vêm sendo adiadas ante a imposição de um estilo e conduta de vida ditados pelas convenções e regras sociais da época.
Algo se agita no interior de April que se recusa em contentar-se com aquilo que tem, em acomodar-se a uma vida sem sentido que não consegue viver plenamente.
Recorda-se de quando era jovem e conhecera Frank, do que a levara a unir o seu destino ao dele – a ambição de Frank em querer sentir realmente as coisas.
April anseia por libertar-se da prisão onde vive e tenta convencer Frank de que a vida deles não passa de uma ilusão confortável, que ambos vivem aquilo que todos esperam deles.
Mas quando decide reverter esta situação e mudar o rumo das coisas, os acontecimentos precipitam-se vertiginosamente pondo a descoberto um turbilhão de emoções contraditórias que obrigam ambos a avaliar sentimentos e prioridades.

>> “I wanted IN. I just wanted us to live again. For years I thought we've shared this secret that we would be wonderful in the world. I don't know exactly how, but just the possibility kept me hoping. How pathetic is that? So stupid. To put all your hopes in a promise that was never made. Frank knows what he wants, he found his place, he's just fine. Married, two kids, it should be enough. It is for him. And he's right; we were never special or destined for anything at all.” KATE WINSLET (April Wheeler)
Cravada como uma faca no peito de um e outro, a percepção de que a tal felicidade que ambos julgavam viver em pleno deixa uma ferida aberta despoletando o princípio do fim, mais que previsível.
>> “I saw a whole other future. I can't stop seeing it.”

KATE WINSLET (April Wheeler)
>> “Look at us. We're just like everyone else. We've bought into the same, ridiculous delusion.” KATE WINSLET (April Wheeler)
A verdade que os Wheeler não querem ver chega-nos da boca de um louco, sem rodeios, tão cruel quanto a sua dimensão, desfazendo de vez a ilusão do casal perfeito.

O filme atropela-nos sem piedade e quase sem querermos passamos em revista uma série de coisas e avaliamos o estado de outras tantas.
No todo, está muito bem conseguido, acho apenas haver melodrama a mais, não pude deixar de recordar a dupla no “Titanic”.
Kate Winslet igual a si mesma - sublime e um Leonardo DiCaprio mais maduro.
Depois de ver “O Estranho Caso de Benjamin Button”, sei que subi demasiado a fasquia, mas há muito que nenhum filme me enchia as medidas como este fez.

19.2.09

Quem quer casar...com um muçulmano?

Pedro K.: http://bicocalado.blogspot.com/
















>> A imagem diz tudo!
Quem somos nós [cristãos] para julgar quem quer que seja?
José Policarpo deixou um conselho às portuguesas quanto a eventuais relações amorosas com muçulmanos, afirmando: “Cautela com os amores. Pensem duas vezes em casar com um muçulmano, pensem muito seriamente, é meter-se num monte de sarilhos que nem Alá sabe onde é que acabam”, referindo-se aqui às diferenças entre as duas religiões e respectivas tradições.
Acredito que a intenção possa ter sido boa e a declaração faz sentido, mas devia ter tido mais cuidado com os termos que utilizou.
Como disse, quem somos nós cristãos para julgar os outros quando nós próprios temos telhados de vidro? A nossa religião não é melhor ou pior que nenhuma outra.
Contudo, se uma mulher cristã (ou não) se converte ao islamismo converte-se também às regras muçulmanas e isso significa viver literalmente subjugada pelo marido, pela sua família e pela sociedade. Passa a aceitar o Alcorão como a palavra de Deus e, logo, como palavra de Lei.
Não acredito haver amor que resista quando a mulher se anula completamente sujeitando-se a viver uma vida que não conhece como sua. E isto não tem nada a ver com xenofobismo, tem a ver com o tomar uma decisão esclarecida. Depois de convertida não há lugar a arrependimentos.
Cresci no seio da igreja católica e tenho vindo a perceber que nem tudo é como nos venderam. Tem de haver MODERAÇÃO e BOM SENSO. O Papa João Paulo II apelava à TOLERÂNCIA – e com esta postura conciliadora conseguiu unir os povos apesar das suas diferenças culturais. Essa é a postura que gostava que a igreja católica tivesse... SEMPRE.
O mal não está na fé, mas naqueles que agem em nome dela, no obscurantismo que a sustenta.

18.2.09

Citando [2]

"Não tenha pressa, mas sim paciência. O mundo gira e tudo muda no tempo próprio. Deve aceitar os ciclos de mudança com confiança e encará-los como ensinamentos, não é para isso que cá estamos?"

14.2.09

Dia dos Namorados vulgo Dia de S. Valentim

>>
Está quase no fim o dia mais odioso do ano!
Dentro de alguns minutos a vidinha de muitos casalinhos volta à normalidade e as demonstrações públicas de carinho ficam em stand-by até para o ano que vem.
Não julguem que é por não ter ninguém com quem passar este dia que ele se torna tão odioso, não, se tivesse, o sentimento seria o mesmo!
Alguém me explica porque é que é necessário estipular um dia para celebrar o amor? Porque é necessário oferecer uma rosa, uma jóia, um peluche piroso a dizer “Amo-te” e sei lá que mais para provar que de facto nos importamos e gostamos dessa pessoa?
Parece que num de repente as palavras deixaram de ser suficientes para expressar tudo o que vai cá dentro se não forem acompanhadas do respectivo presentinho. Um gesto que o dia tornou forçado, sob pena de sermos fuzilados e que acaba por não passar de uma futilidade!
Não temos como não dar importância à data, somos bombardeados involuntariamente na rua, em casa, no centro comercial, no supermercado, todos apresentando a sugestão perfeita para surpreender a cara-metade e, na falta de imaginação, basta querer abrir um pouco mais os cordões à bolsa e eis que surge alguém com tudo pensado e planeado à nossa medida.
Se apenas queremos sair de casa para apimentar o paladar, naquele sítio a que só vamos nestas ocasiões, o melhor é reservar mesa (quando nunca o fizemos) a menos que queiramos passar a noite numa fila interminável, pois todos se lembraram do mesmo! Que original!
Durante o jantar, trocam-se juras de amor eterno, e se não temos jeitinho nenhum para a coisa, nem precisamos de nos esforçar muito para escolher as palavras certas, basta estar atento à conversa do casal ao lado, seja de que lado for, sempre se fica com uma ideia do que dizer. Com a sobremesa vem o sentimento de dever cumprido, paga-se a conta, pega-se na rosa vermelha que veio com o jantar e deambula-se por uma ou outra rua de mão dada, com ou sem rumo.

Acorda-se no dia seguinte de volta à rotina e perguntamo-nos o que ficou do dia anterior? A rosa que colocámos na jarra da mesinha de cabeceira? O peluche piroso para o qual prometemos olhar todas as manhãs? A jóia que prometemos usar apenas em ocasiões especiais? A lingerie sexy caída no chão do quarto?
Aquilo que realmente importa não deveria ter preço, forma, peso ou medida. Aquilo que realmente importa não deveria ter dia, todos os dias do ano são um bom dia para dizer àquela pessoa o quanto ela é especial, porque temos de esperar pelo dia 14 de Fevereiro?

13.2.09

Paraskavedekatriaphobia

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Às aranhas, às pessoas, à água e sei lá que mais ainda percebo, mas fobia à sexta-feira 13?
Para a maioria das pessoas, o número 13 provoca alguns calafrios sempre que aparece no calendário em dia de sexta-feira. Considerado dia de má sorte por umas (faço parte deste universo, nem vou referir a palavra começada por A, não vá o diabo tecê-las), para outras traduz-se num medo irracional ao ponto de ficarem doentes, recusando-se a sair de casa.
A superstição está tão enraizada que, um pouco por todo o mundo, o número 13 vem sendo banido da numeração, seja da dos pisos de muitos edifícios (utiliza-se a letra M para identificar o 13º piso (12, M, 14) por ser a 13º letra do alfabeto); seja da dos quartos em hotéis; seja da dos terminais em aeroportos ou pistas de aterragem; seja da dos carros da Fórmula 1 ou das camisolas em alguns desportos – ninguém se arrisca a trazer este número ao peito.

Pessoalmente, recordo um episódio caricato de quando estive no Convento de Cristo em Tomar. Depois de palmilhar todos os corredores da ala dos dormitórios e procurar em todos a cela 13, não consegui encontrar nem esta nem a 113, curioso, não?

Quanto ao palavrão, decomposto temos:
>> Paraskeví (Παρασκευή) (que significa sexta-feira), e dekatreís (δεκατρείς) (que significa treze), agregado a phobía (φοβία) (que significa medo).

Para quem sofre com este dia, o melhor é não esquecer de aviar os calmantes, ainda vamos ter mais duas ocorrências, uma já no próximo mês e outra no final do ano em Novembro.

12.2.09

Se fosse um Livro, qual seria?

>>
1. QUAL É O MELHOR SÍTIO PARA LER UM LIVRO?
[Não há sítio “ideal” para ler. Lê quando lhe apetece, seja na praia ou na casa de banho.]
Não depende do sítio, mas da vontade, nem todos os dias e nem em todos os lugares apetece...no comboio por exemplo, pela manhã...só apetece DORMIR! Conseguir ler embalada pelo movimento é uma verdadeira guerra para conseguir manter os olhos abertos! Consigo acordar na paragem certa e sair muitas vezes segundos antes das portas se fecharem! Ufa!

2. COMO É QUE VOCÊ ARRUMA OS LIVROS?
[Naquelas estantes que comprou de propósito para pôr na sala e lá colocar todos os seus livros. É uma colecção deveras impressionante e merece ser exibida às visitas.]
Naquela que há-de ser a minha estante, aquela que ando a namorar há séculos, mas nem com os saldos lá vou!
Enquanto não encontrar outra que me encha as medidas, vou empilhando e preenchendo todos os espacinhos livres das estantes lá de casa, parecendo às vezes uma brincadeira de miúdos tentando o encaixe perfeito, nem sempre bonito de se ver...

3. SE APÓS 4 CAPÍTULOS, O LIVRO NÃO INTERESSA NEM UM BOCADINHO, VOCÊ...

[...não desiste e continua a ler. Quando se começa algo, é para ser levado até ao fim. E até pode ser que tenha uma surpresa agradável pelo meio.]
Para dizer a verdade, se após 4 capítulos o livro ainda não conseguiu prender o meu interesse, terá de conseguir fazê-lo no 5, caso contrário só volto a pegar nele se não tiver nada melhor para ler. Pode acontecer ficar satisfeita por não ter desistido, mas geralmente confirmo que o livro não tinha a mínima hipótese.
Gosto de receber livros com dedicatória pelo que embrulhá-lo com muito cuidado e muito amor para oferecer a alguém num aniversário próximo está geralmente fora de questão.

4. QUAL O HERÓI DE BANDA DESENHADA COM QUE MAIS SE IDENTIFICA?
[Plastic Man]
Confesso que não sou grande fã de Banda Desenhada, mas entre o Batman, o Iron Man, o Incrível Hulk ou o Super-Homem, acho que é com o Plastic Man que mais me identifico. Não pela história do personagem em si mas pela parte de ser absolutamente flexível. O meu único trauma de criança foi nunca ter conseguido fazer a esparagata nas aulas de ginástica.

5. ONDE É QUE HABITUALMENTE VOCÊ COMPRA LIVROS?
[Sempre em sítios diferentes, porque o bichinho da literatura pode atacar a qualquer altura.]
Uma grande verdade!
O bichinho está sempre lá e pode atacar nos sítios mais inusitados, basta simplesmente ver um livro. Pode ser numa livraria pequena ou grande, num hipermercado, numa venda de garagem, numa feira, numa banca de jornais ou na internet, embora aqui só se estiver desesperada, é que gosto de folhear o livro antes de comprar e enquanto isso não for possível através da internet, dificilmente me convencem a fazer encomendas. Esquisitices é o que é!

Então vamos lá descobrir o livro que me caracteriza:



Bem, a parte de ficar presa no trânsito, só se o comboio ganhar 4 rodas e eu voz para cantar, porque enquanto tiver esta vozinha de cana rachada não me parece que consiga convencer alguém a cantar comigo, num BONITO coro!

Faz hoje 2 anos

>>
Incrível como aquilo que começa por ser temporário vai ganhando contornos de permanente!

10.2.09

[Cinema] O Estranho Caso de Benjamin Button

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O relato desta estranha história começa a partir do momento em que, num quarto de hospital, uma mulher moribunda pede à filha (Julia Ormond) que lhe leia um diário. Entre aquelas páginas estão pedaços de um passado, de uma juventude, as peripécias de uma vida fora de órbita entrelaçadas com pequenos episódios de uma grande história de amor, vivida entre a sua mãe e um personagem de seu nome Benjamin Button (Brad Pitt).
Um instante de partilha, uma comunhão de sentimentos entre as duas, necessário ante um final que se aproxima e a agitação de fazer uma última revelação.

Benjamin nasce no final da Grande Guerra. Aparentemente normal a julgar pelo tamanho e pelo choro de um recém-nascido. No instante seguinte vemos o pai (Jason Flemyng) desnorteado e com o horror nos olhos, numa correria desenfreada, que só acaba quando este decide abandonar o pequeno Benjamin à porta de uma residência de idosos. Queenie (Taraji P. Henson) encontra este pequeno ser desafortunado, castigado à nascença pela sua aparência e dedica-lhe todo o seu amor, acabando este por encaixar na perfeição no seio daquela grande família, da qual passa a fazer parte.
Contra todos os prognósticos, Benjamin vai crescendo em sentido contrário a todos os outros, o que o impede de estabelecer relações duradouras. Enquanto ele rejuvenesce, todos os outros perecem.
E é neste sentido que conhece Daisy (Cate Blanchett) neta de uma das residentes do lar, por quem Benjamin sente desde logo uma ligação especial.
Quando Benjamim decide partir, o seu destino assemelha-se ao de todas as pessoas ditas normais, uma busca para descobrir o mundo e a si próprio. Leva Daisy consigo ao prometer enviar-lhe um postal de todos os sítios por onde tenha passado.
Regressa alguns anos depois e vê-se confrontado com a imagem do pai que aparece numa última tentativa de aproximação (que não deixa de tentar ao longo dos anos) procurando a redenção para os seus actos. O espectro da mortalidade regressa para lhe levar mais aquele personagem, mas e apesar das contradições próprias da circunstância, concede-lhe esse momento – ele parte finalmente em paz, deixando-se simplesmente ir.
A partir daqui assistimos aos desenvolvimentos da história de amor com os revés próprios deste e da idade.
O momento impregnado de fatalismo, aquele que dava mostras a cada página, o culminar de todas as emoções, está prestes a colocar o espectador à prova.
O sentimento de perda, a ausência definitiva uma vez que Benjamin se recusa, no final, a ser um fardo para aqueles que ama, visto não haver fuga possível ao confronto da idade.
O tempo segue o seu curso e apesar das circunstâncias extraordinárias de quem o vive, o inevitável há muito antecipado acontece, naturalmente.
É apenas uma fracção de segundo, sem sentido cronológico, uma vez que nascer ou morrer deixa de fazer sentido, apenas o intervalo é recordado, para sempre.

As deixas que ficaram no ouvido (não estão no livro, já procurei!):
>> For what its worth it's never too late, or in my case too early to be whoever you want to be. There's no time limit. Start whenever you want. You can change or stay the same. There are no rules to this thing. We can make the best or the worst of it; I hope you make the best of it. I hope you see things that startle ya. I hope you feel things that you've never felt before. I hope you meet people with a different point of view. I hope you live a life you are proud of. If you find that you're not, I hope you have the strength to start all over again.”
BRAD PITT (Benjamin Button)

>> “Along the way you bump into people who make a dent on your life. Some people get struck by lightning. Some are born to sit by a river. Some have an ear for music. Some are artists. Some swim the English Channel. Some know buttons. Some know Shakespeare. Some are mothers. And some people can dance.”
BRAD PITT (Benjamin Button)

5.2.09

Citando [1]

"Ninguém pode fazer com que te sintas inferior sem o teu consentimento"
Roosevelt, Eleanor

Adeus ao criador de Playmobil

>>
Quem não brincou com os fantásticos brinquedos de Playmobil?
Quem não foi Pirata, Piloto de Aviões, Índio, Polícia, Bombeiro, Cavaleiro Medieval, Médico, Trapezista ou Maquinista?
Quem não deu largas à sua imaginação e não viveu incríveis aventuras com estes bonecos?

Hans Beck ficará definitivamente para sempre na memória de miúdos e graúdos com estes maravilhosos brinquedos.

4.2.09

O Aniversário da Amizade

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HOJE alguém especial faz anos - a minha melhor amiga do secundário.

Como sempre, deixei na sua caixa de mensagens votos de felicidade neste dia especial...junto com o desejo de voltar a fazer parte da vida dela.
Acho que mais do que recordar o quanto éramos inseparáveis, o tempo que passávamos juntas, as horas que passávamos ao telefone, o tema de conversa – a paixão [quase] platónica que ambas vivíamos, ela por um deus grego de olhos azuis, eu por um moreno de olhos castanhos (o amor tem e terá sempre destas coisas...!), quero recuperar um pouco de tudo isto.
Não. Não quero (re)viver o passado, sei que este tem um brilho que é único, não pode ser reproduzido ainda que tenhamos todos os ingredientes necessários. Quero partilhar um presente. Quero que os nossos caminhos que outrora se cruzaram voltem a cruzar-se para deixarmos de ser quase estranhas na vida uma da outra.


Separámo-nos quando ambas decidimos seguir caminhos diferentes ao fazermos a nossa aposta num futuro promissor, ela escolheu o Porto, eu escolhi a Capital.
Fomos conseguindo manter o contacto através de longas conversas telefónicas em que cada palavra transbordava de saudade e desligar era sempre muito difícil.
Ela veio visitar-me alguns meses depois numa tentativa de provarmos que continuava tudo como dantes, mas ambas sabíamos que algo mudara...
Depois disso, ainda fizemos algumas tentativas para manter as confidências, mas o tempo foi passando e com ele foi instalando-se a certeza de que, o que não podemos manter como dantes, altera-se e nem sempre o resultado é aquele que gostaríamos.

Quero arrumar estas recordações que andam de gaveta em gaveta. Quero retirar delas este registo colocado à pressa por não querermos dar ao acontecimento contornos de definitivo, uma vez que estávamos convencidas de podermos vencer a distância que passaria a separar-nos.
Quero colocá-lo numa gaveta nova, com um rótulo moderno, escrito com a caneta que só usamos quando queremos repor o tempo perdido.

3.2.09

Recortes sem Legenda [1]

Pedro K.: http://bicocalado.blogspot.com/

O segredo que ainda faltava desvendar

>>
Alguém esqueceu a revista HAPPY no banco do comboio, não é uma revista que faça o meu género, mas já que estava ali, decidi começar a folhear página atrás de página, até parar num artigo sobre a Paris Hilton – Segredos de uma Princesa Americana.
Mas ainda há segredos por desvendar?
A vida da «Barbie rebelde» é um livro aberto e gasto, que poderíamos nós descobrir, que ainda não saibamos já, de alguém que faz questão de viver plenamente a máxima “não importa o que falam de nós, desde que falem”...
Deixo-vos o excerto do artigo:
>> “Auto-estima, o grande segredo
Afinal, o que faz brilhar paris? Não. Não são apenas os dólares, as jóias ou as lantejoulas. Apesar da sua imagem ser construída com todos os requintes a que um mundo encantado obriga, existe algo de muito forte que faz dela uma estrela. Está-lhe no ADN e dificilmente se apagará, a essa luz chama-se auto-estima. Imbatível. Paris é fonte de felicidade constante. Adora-se e faz questão de mostrar isso ao resto do mundo (...). Quando lhe perguntam por que é uma pessoa tão popular? Não hesita: «Não sei porque sou popular. Mas sei que não sou uma qualquer. Eu sou a princesa americana.» E fez questão de citar a avó numa entrevista disponível no site Contigo. «A minha avó poderia até chamar-me Marilyn Monroe ou Grace Kelly...Desde pequena eu sempre soube o que queria ser: um ícone loiro! (...)
Quando lhe perguntaram se todas as mulheres bonitas são brutas ou burras? Ao seu melhor estilo, respondeu: «Não. Também existem feias brutas e burras! Não importa a beleza de uma mulher, quando ela é segura de si. Quando uma mulher acredita no seu potencial torna-se, inevitavelmente, atraente. Mas se falarmos apenas do aspecto físico...se tiver um rosto muito bonito, não precisa de ter um peito muito grande!» Isto é Paris Hilton, sem dúvida.”

>>(os destaques não fazem parte do artigo)

O discurso faz bem o género de Paris Hilton, mas o que retiramos dele? De uma maneira caricata, uma grande verdade!