> Medina Carreira em entrevista para o Correio da Manhã
Da entrevista, destaco os pontos:
LC – Cavaco Silva tem razão quando diz que não se deve governar para as estatísticas.
- Com certeza. Não se deve governar para as estatísticas. Deve governar-se em função de um objectivo e daquilo que é fundamental para o País. Porque nós andamos distraídos com tanta coisa e não percebemos que quando se fala de economia não estamos a falar de economia. Estamos a dizer desemprego, pobreza, desigualdades e riscos para o Estado social. Com esta economia que cresce 0,5 % ao ano dentro de dez anos as políticas sociais têm de ser completamente revistas. Não há dinheiro para manter estas políticas sociais.(...)
LC – Muito bem. O que temos em cima da mesa é um primeiro-ministro chamado José Sócrates, uma líder do PSD chamada Manuela Ferreira Leite e depois temos os outros partidos. Qual é a solução para sair desta situação que acaba de nos relatar?
- Eu acho que é muito difícil sair da situação porque os partidos estão gangrenados. Os partidos não trabalham em função de valores, de ideologias, de objectivos, de programas. Os partidos trabalham em função do assalto ao Orçamento. Porque o Orçamento dá para colocar os amigos, dá para fazer negócios.
Em ano de eleições, preparam-se as promessas eleitorais e com certeza vamos ter 'mais do mesmo'. Sobre os partidos que temos, faço minhas as palavras de Medina Carreira: "É uma caldeirada relativamente irrelevante".
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