31.3.09

“Yes we Can” por quem sabe

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Nas palavras de Obama, “o herói desconhecido desta campanha, (...) o homem que construiu a melhor campanha política da história dos Estados Unidos da América”.
David Plouffe esteve em Lisboa e explicou como conseguiu a vitória dita “impossível”.
O segredo? Segundo Plouffe, está em acreditar no poder das novas tecnologias e de voluntários bem motivados para um novo ideal.
A realidade americana não difere muito da nossa no ponto em que “as pessoas se sentem divorciadas da política”e foi aqui que Plouffe fez história ao unir o cidadão comum em torno não de “uma campanha mas para uma causa”. Numa era de “crise de liderança, em que a população ouve mais o vizinho, porque se revê nele, do que o Governo, no qual não acredita”, apostou-se no contacto directo com as comunidades. Plouffe não tem dúvidas, “o motor deste movimento de bases foram as redes sociais, através das quais contactamos directamente com pessoas que não estariam voltadas sequer para ir votar”. Conseguiu-se desta forma que a mensagem chegasse individualmente a cada cidadão. O mesmo aconteceu com os voluntários, que “foram sendo conquistados através da Internet”. E é graças a todos os voluntários angariados por este movimento e às suas contribuições (em média cada donativo foi de 85 dólares) que, refere Plouffe, a presidência goza de independência face aos lobbies tradicionais.
Poder-se-á dizer que Plouffe jogou a seu favor tudo o que as novas tecnologias tinham para oferecer, sem medo: “Não basta ter a tecnologia, é preciso acreditar nela”.

“Se acreditarmos nas pessoas, lhes dermos uma noção clara do papel que desempenham num projecto ou numa organização, elas irão sobressair”. Esta é sem dúvida a grande conclusão a que chegamos.
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E para mim, é aqui que reside o sucesso de toda esta campanha: pessoas altamente motivadas e envolvidas numa causa comum, cientes de qual o seu papel no todo e que acreditaram piamente poder fazer a diferença.
E assim conseguiram colocar Obama na presidência!

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